Por Alice Azevedo, Felipe Dutra, Luiza Lima, Renam Linhares, Thais Lima e Victor Thomé
Vitória está sendo palco de mais uma edição da Parada LGBTQIA+, evento que reúne um grande público, para promover a diversidade e o orgulho. Este ano o ato começou na Vila Rubim e foi até o Sambão do Povo, sendo todo o trajeto marcado por muitos shows, dança e alegria. Além disso, o evento ganhou uma atenção especial das autoridades, que buscam garantiram a segurança e diversão dos presentes.
Com o crescimento da Parada LGBTQIA+, aumentou também a fiscalização da Prefeitura de Vitória junto aos organizadores do evento para evitar transtornos ou confusões. Com a segurança reforçada o evento aconteceu sem sustos, foi o que explicou a Guarda Municipal Piumbini, que preferiu não dar entrevista, mas garantiu a tranquilidade do evento, sem nenhuma ocorrência.
A equipe de reportagem do O Leque esteve no Sambão do Povo e pode observar a presença da Guarda Municipal e da Polícia Militar, além disso, o ato ainda contou com revista com detector de metal na entrada, que também barrava garrafas de bebidas alcóolicas e latinhas. Os nossos repórteres ainda avistaram postos com equipes em vários pontos do evento, para dar o suporte aos participantes.
Além da segurança, outra preocupação da organização do evento foi a fiscalização dos ambulantes. Nossa equipe conversou com um membro da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade e Habitação (SEDEC), que não quis ter o nome revelado. O órgão ligado ao governo estadual foi responsável por organizar e verificar o trabalho dos vendedores no Sambão do Povo. Segundo a apuração, do lado de fora do evento, os ambulantes não precisavam pagar nenhuma taxa, mas tinham que respeitar o espaço designado. Com isso, boa parte dos camelôs se posicionaram nessa área. Já do lado de dentro do ato, apenas ambulantes credenciados através de um curso online da Prefeitura de Vitória puderam entrar.
Ainda segundo o membro da SEDEC, a grande preocupação foi justamente garantir o direito do espaço do comércio dentro da Parada apenas para quem tinha a liberação. O curso oferecido pelo governo estadual conta, inclusive, com dicas de como manejar os alimentos, aumentando o cuidado e a higiene das comidas vendidas nas barraquinhas.
A edição deste ano da Parada LGBTQIA+ trouxe uma expectativa na economia local: comerciantes enxergaram no ato a possibilidade de vender comidas, artigos de vestuário, acessórios, dentre outros. A vendedora Sandra Viegas, que comercializou bebidas na parte de fora do evento, contou:
“A gente chegou aqui às 10 horas da manhã. Primeiro a gente tinha ido lá para a Vila Rubim, para ver como estava o movimento de clientes, e quando vimos que os ambulantes já estavam vindo para o Sambão, viemos também para pegar uma localização melhor.”
A comerciante de 49 anos também falou sobre a relação dos ambulantes com os fiscais da SEDEC: “A fiscalização só vê se está funcionando tudo certo, se os vendedores estão obedecendo às ordens deles. É de acordo com o limite que eles passaram para a gente. Só podemos ficar na área determinada.”
Os participantes puderam curtir mais de 10 horas da Parada LGBTQIA+, que contou com várias atrações musicais e também momentos de discursos importantes sobre orgulho e identificação. Sobre a organização geral do evento, a nossa equipe falou com a Emilly, que foi para todas as edições do evento: “Em comparação com outras Paradas que já fui, essa daqui está bem melhor, está muito organizada: fácil acesso ao banheiro e alimentação. A segurança também, a primeira vez que eu venho que é dessa forma, teve até revista na entrada.”
Com isso, a Parada foi um sucesso, sendo inesquecível apenas pelos momentos felizes e de orgulho, sem nenhum tipo de ocorrência, podendo ser considerado um exemplo de organização de atos como este na cidade de Vitória.