Comunidade – home https://oleque.com.br My WordPress Blog Thu, 08 Aug 2024 09:49:55 +0000 pt-PT hourly 1 Afro Kizomba: primeiro bloco Afro do carnaval de rua marca presença na Parada https://oleque.com.br/2024/07/29/afro-kizomba-primeiro-bloco-afro-do-carnaval-de-rua-marca-presenca-na-parada/ https://oleque.com.br/2024/07/29/afro-kizomba-primeiro-bloco-afro-do-carnaval-de-rua-marca-presenca-na-parada/#respond Mon, 29 Jul 2024 12:32:36 +0000 https://oleque.com.br/?p=1350

Por Amanda Kfuri, Andressa Ribeiro, Ludmila Costa, Maliah Moraes e Thaíssa Lannes

No último domingo (28), o grupo Afro Kizomba reuniu-se à comunidade LGBTQIA+ no Sambão do Povo para promover igualdade e respeito

Visando fortalecer seu compromisso com a diversidade e inclusão racial, o Afro Kizomba é o primeiro bloco Afro do carnaval de rua de Vitória.

De acordo com a organização do movimento, a presença do grupo traz à tona a necessidade de debater a questão racial, evidenciando a importância, a presença e a luta da comunidade afro-capixaba e LGBTQIA+ em 2024.

“Hoje, na Parada LGBTQIA+ de Vitória, o Afro Kizomba se orgulha de estar aqui, celebrando com toda a nossa comunidade. Para nós, a dança é uma linguagem universal de amor e inclusão, e é um privilégio usar essa linguagem para apoiar a diversidade e os direitos de todas as pessoas”, afirma a organização do Afro Kizomba.

Bárbara Martins. Foto: Andressa Ribeiro

Bárbara Martins, participou da 12 parada LGBTQIA+ de Vitória e se diz grata em poder fazer parte desse momento. Segurando um Leque, ela revela que por ser um dia quente, o objeto traz refrescância frente ao calor, mas mais do que isso, também é um símbolo de resistência e representatividade.

“Além de ser um objeto muito bom para aliviar o calor e resistir a um dia inteiro no sol, o leque representa a resistência e o orgulho de pertencer a comunidade LGBTQIA+. Estou muito feliz de estar aqui, o grupo Afro Kizomba é uma grata surpresa.”

Foto: Andressa Ribeiro

O Afro Kizomba acredita que é possível construir pontes entre diferentes lutas e promover um entendimento mais amplo sobre a questão racial, de gênero e sexualidade.

Diante disso, para o grupo, reconhecer e apoiar o movimento negro dentro da comunidade LGBTQIA+ é essencial para uma luta pela equidade que seja verdadeiramente igualitária e justa. 

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Da primeira ao presente: o que acharam os veteranos e os novatos da Parada LGBTQIA+ de Vitória? https://oleque.com.br/2024/07/29/da-primeira-ao-presente-o-que-acharam-os-veteranos-e-os-novatos-da-parada-lgbtqia-de-vitoria/ https://oleque.com.br/2024/07/29/da-primeira-ao-presente-o-que-acharam-os-veteranos-e-os-novatos-da-parada-lgbtqia-de-vitoria/#respond Mon, 29 Jul 2024 03:54:09 +0000 https://oleque.com.br/?p=1178

Por Cauê de Almeida, Cícero Lima, Paulo Victor Ribeiro e Thálita Sampaio

Ao longo dos anos desde sua primeira edição, a Parada LGBTQIA+ de Vitória conseguiu construir, com muita luta e reivindicação, um espaço de alegria, cor e diversidade. Durante este domingo, 28 de julho, a 12ª edição do evento teve tudo para se consolidar como a maior de sua história: foram mais de oito horas de programação, em cima de uma expectativa de receber em torno de 10 mil pessoas.

E andando pelas avenidas do Sambão do Povo estavam milhares de histórias, algumas inéditas e outras nem tanto. Em cobertura de vídeo exclusiva do evento, a equipe do O Leque buscou a opinião de participantes da Parada, num domingo de festa e luta da população LGBTQIA+ pela justiça ambiental.

Maria Eduarda, 22, participou da Parada pela primeira vez | Foto: Thálita Sampaio

“Achei um evento super representativo, e é muito interessante ter esse movimento no estado para as pessoas que se identificam”

A 12ª edição da Parada LGBTQIA+ de Vitória teve inúmeros participantes novatos, espalhando alegria e sorrisos contagiantes pela primeira vez em um evento do tipo. Foi o caso das estreantes Maria Eduarda e Juliana, que refletiram sobre a importância do evento no ES.

Gabriela Colodette, 34, não poupou elogios para a 12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória | Foto: Cícero Lima

Em um clima de bastante emoção e celebração, Gabriela Colodette, Miss Brasil Trans Universo, expressou sua satisfação com a organização deste ano.

“Foi uma das melhores organizações para mim.
Eu acompanho todas as edições, já que sou daqui de Vitória, e esse ano o evento quebrou várias barreiras. Desde a presença na revista até a segurança e a escolha do local. Tudo está muito maravilhoso, e estamos bem protegidos aqui dentro”.

Porém, a Parada ganha outra interpretação sob os olhos de quem já participou antes. Quando o assunto são veteranos, não existe representação melhor do que Chica Chiclete, considerada uma das primeiras drag queens do estado e ativista, que participou da primeira edição do evento no Espírito Santo. Na época, o evento ainda recebia o nome de Parada Gay, em 1995, e existia num contexto de menos conquistas e maior repressão.

Chica Chiclete (meio), 56, está há mais de três décadas atuando no ativismo LGBTQIA+ | Foto: Cícero Lima

“Eu fui um dos primeiros militantes da causa gay no Espírito Santo, abrimos muita porta para muita gente. Se existe essa liberdade hoje, é porque lá atrás eu e muitos amigos batalhamos. Em 1995, na primeira Parada Gay, saímos cinco pessoas atrás de um trio elétrico, de Jardim Camburi até a Assembleia Legislativa”

Esse cruzamento de histórias representa, dentre tantas coisas, o impacto que o ativismo pela causa LGBTQIA+ teve ao longo do tempo. Cada participante, do veterano ao estreante, carrega consigo uma parte dessa história, contribuindo para a construção de um futuro mais inclusivo e respeitoso.

Olhando para o futuro, a Parada LGBTQIA+ de Vitória promete continuar sendo um espaço de celebração e luta, onde todas as gerações têm lugar para compartilhar suas histórias e experiências, construindo mais um capítulo em uma longa jornada de resistência e esperança.

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Ambulantes ficam insatisfeitos com a organização da 12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória https://oleque.com.br/2024/07/29/ambulantes-ficam-insatisfeitos-com-a-organizacao-da-12a-parada-lgbtqia-de-vitoria/ https://oleque.com.br/2024/07/29/ambulantes-ficam-insatisfeitos-com-a-organizacao-da-12a-parada-lgbtqia-de-vitoria/#respond Mon, 29 Jul 2024 01:33:12 +0000 https://oleque.com.br/?p=1165

Por Isabela Xavier, Jamilly Vaz, Uandyléia Dias e Gabrielle Paiva

A 12ª Parada LGBTQIA+ de Vitória, tem sido alvo de críticas por parte dos ambulantes. Embora a Associação Gold (Grupo Orgulho, Liberdade e Dignidade) tenha publicado um edital de chamamento em 6 de junho para mapear os vendedores, muitos comerciantes se encontraram fora do evento, oferecendo comidas e bebidas a preços acessíveis.  Uma das medidas de segurança implementadas pela organização foi a proibição de entrada de bebidas alcoólicas, que só podiam ser vendidas dentro do evento, com preços variando entre R$12 e R$14 para cervejas, por exemplo.

Douglas de Amorim. Foto: Isabela Xavier

Douglas de Amorim, 35, um ambulante que não conseguiu vender dentro do evento, expressou sua frustração com a falta de comunicação. “Não fiquei sabendo da convocatória e seleção de comerciantes. Essa medida de não poder entrar com bebida no evento pegou todos de surpresa, principalmente o público, que só soube disso durante a revista”, afirma. 

“A organização tem que ver se essa medida de segurança foi eficiente, porque grande parte da galera está do lado de fora, poucos estão lá dentro, e muitos voltam para fora por insatisfação”.

Por outro lado, Erickson Nascimento, 40, foi um dos vendedores selecionados para comercializar na Parada. Proprietário de um negócio de smash burgers, ele afirma que a divulgação da convocatória foi bem feita e que no próprio formulário já constava que o edital contemplava apenas a comercialização de alimentos. 

“A bebida seria por conta do local e da organizadora da Parada”, explica o comerciante.

A seleção dos vendedores, conforme divulgado no Instagram da organização, priorizou pessoas da comunidade LGBTQIA+, com foco em indivíduos pretos, indígenas e pessoas com deficiência (PCDs) que residem na Região Administrativa II de Santo Antônio, Vitória/ES.

 
Erickson Nascimento. Foto: Isabela Xavier

No entanto, a falta de clareza e a divulgação restrita do edital geraram questionamentos sobre a eficácia das medidas adotadas. Muitos ambulantes, que dependem desses eventos para complementar sua renda, ficaram de fora, evidenciando a necessidade de uma comunicação mais ampla e inclusiva em futuras edições. Para muitos, a questão vai além da permissão para vender dentro do evento; trata-se de inclusão e de encontrar um espaço justo dentro de um movimento que celebra a diversidade e a equidade.


Entramos em contato com a Associação GOLD, organizadora do evento, mas não quiseram se pronunciar sobre a queixa em questão.

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